ADAIR JOSÉ DE ALENCAR
( Mato Grosso do Sul – Brasil)
Nasceu em Cruz Alta (Rio Grande do Sul) em 1924.
Advogado. Morou em Campo Grande, quando foi secretário de educação do município e também diretor-secretário do Colégio Oswaldo Cruz.
Publicou, dentre outros títulos: Sarabico e Tico-Tico (infantil),
Crônicas de Ontem e de Hoje , Rimas e Ritmo.
Ocupa a cadeira 26 da Academia Sul-Matogrossense de Letras.
REVISTA DA ACADEMIA SUL-MATO-GROSSENSE DE LETRAS. No. 19. Setembro de 2011. Campo Grande, MS: 2011.
Ex. cedido por Rubenio Marcelo
Na casa da vovó
A gente pode de tudo
Lá na casa da vovó,
Comer, brincar, ela deixa
Pintar o sete, olha só.
A vovó parece um anjo,
O castigo é só beijar.
Imaginem, a velhinha
Não sabe nem castigar.
Não pode é fazer maldade,
Aí, ela vai ralhar.
Pegando a nossa mãozinha,
Ela ensina a rezar.
A vovó é tão bacana,
é só lhe pedir perdão.
Ela nos põe no seu colo
Nos beija com um beijão.
Vovó, lá na tua casa
Não consegui aprender
A tirar leite de vacas.
Nunca mais pude esquecer
Te dava café na cama,
Tu eras o meu xodó.
Agora, quanta saudade
Da casinha da vovó.
Deus espalhou as sementes
Nasceram muitas vovós.
A minha é uma delas,
Aliás, a de todos nós.
É preciso ter cuidado,
São frágeis como uma flora.
Não são de aço, nem pedra,
Vovós são feitas de amor.
O relógio
Eu ganhei um relógio de algibeira
Folheado em ouro. E em ouro a corrente,
Para que usasse a vida inteira,
Foi o desejo escrito no presente,
Foi o desejo escrito no presente.
Naquele tempo, eu tinha a companheira
Que, hoje, já se foi infelizmente.
O relógio parou. Não há maneira
De vê-lo a marcar horas novamente.
Marcando o tempo da felicidade,
Não quis marcar, porém esta saudade,
Amargas horas desta minha dor.
Agora, aqui parado, em minha mesa,
É o meu companheiro de tristeza,
Comigo, relembrando o teu amor.
REVISTA DA ACADEMIA SUL-MATO-GROSSENSE DE LETRAS. No. 19. Setembro de 2011. Campo Grande, MS: 2011.
Ex. cedido por Rubenio Marcelo
Na casa da vovó
A gente pode de tudo
Lá na casa da vovó,
Comer, brincar, ela deixa
Pintar o sete, olha só.
A vovó parece um anjo,
O castigo é só beijar.
Imaginem, a velhinha
Não sabe nem castigar.
Não pode é fazer maldade,
Aí, ela vai ralhar.
Pegando a nossa mãozinha,
Ela ensina a rezar.
A vovó é tão bacana,
é só lhe pedir perdão.
Ela nos põe no seu colo
Nos beija com um beijão.
Vovó, lá na tua casa
Não consegui aprender
A tirar leite de vacas.
Nunca mais pude esquecer
Te dava café na cama,
Tu eras o meu xodó.
Agora, quanta saudade
Da casinha da vovó.
Deus espalhou as sementes
Nasceram muitas vovós.
A minha é uma delas,
Aliás, a de todos nós.
É preciso ter cuidado,
São frágeis como uma flora.
Não são de aço, nem pedra,
Vovós são feitas de amor.
O relógio
Eu ganhei um relógio de algibeira
Folheado em ouro. E em ouro a corrente,
Para que usasse a vida inteira,
Foi o desejo escrito no presente,
Foi o desejo escrito no presente.
Naquele tempo, eu tinha a companheira
Que, hoje, já se foi infelizmente.
O relógio parou. Não há maneira
De vê-lo a marcar horas novamente.
Marcando o tempo da felicidade,
Não quis marcar, porém esta saudade,
Amargas horas desta minha dor.
Agora, aqui parado, em minha mesa,
É o meu companheiro de tristeza,
Comigo, relembrando o teu amor.
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VEJA e LEIA outros poetas de MATO GROSSO DO SUL em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/mato_grosso_sul/mato_grosso_sul.html
Página publicada em julho de 2022
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